set 27, 2022 | Dor Crônica, Emoções do paciente, Fibromialgia, Fisiatria |
Você sabia que depressão e dores crônicas estão intimamente conectadas?
Alguns estudos mostram que pacientes portadores da síndrome fibromiálgica são mais suscetíveis aos pensamentos e sentimentos negativos.
E é claro que esses pensamentos impactam no cotidiano e na qualidade de vida da pessoa, que pode se afastar até mesmo das suas atividades diárias e convívio social.
E isso é um ciclo, pois os sintomas depressivos aumentam os sintomas da fibromialgia que, por sua vez, podem reforçar a depressão.
Segundo o livro “A ciência da dor: sobre fibromialgia e outras síndromes dolorosas”, os sintomas depressivos da fibromialgia podem se manifestar em alguns sintomas, como:
- Estado de hipervigilância. Ou seja, a pessoa consegue viver sua vida e fazer atividades diárias, mas sente que as pessoas ao redor e os ambientes os quais frequentam dependem ele para funcionar adequadamente.
- Se sente muito responsável por tudo e todos.
- Apresenta pouco interesse em momentos de prazer e afeto, como o sexo.
- Forte tendência à catastrofização.
- Sensação frequente de angústia.
- Sentimento de solidão.
- Desesperança e limitação.
- Distúrbios do sono.
- Concentrar suas preocupações em torno de si, de suas dores e de seus problemas.
- Enxergar-se como incapaz.
- Não conseguir controlar pensamentos ruins sobre a doença.
- Sentimento de desamparo e abandono.
Ou seja, os sintomas psicológicos são muito importantes e tratar a depressão faz parte do tratamento da fibromialgia.
Procure um fisiatra para bolar um plano de tratamento completo e um bom psiquiatra para fazer parte desta jornada com vocês.
jan 25, 2022 | Uncategorized |
Como sempre conversamos por aqui, o impacto das dores crônicas na saúde mental é uma consequência real da doença e, por isso, nunca devemos deixar de dar atenção especial a esta questão.
E com o objetivo de convidar as pessoas a refletirem sobre a saúde mental e a importância da prevenção do adoecimento emocional, a campanha Janeiro Branco é uma iniciativa que visa colocar esse tema em evidência.
A campanha tem esse nome em referência ao primeiro mês do ano, onde em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensaram em suas vidas, emoções e sentidos existenciais, bem como, estão mais dispostas a um reinício, a uma nova forma de atitude e , consequentemente, de ter esperança.
Pensando nisso, vamos focar na ideia de cuidar da saúde mental aproveitando a campanha do Janeiro Branco e reforçando a necessidade desse cuidado para quem sofre de dor crônica.
Relação entre dor crônica e saúde mental:
A dor crônica e a saúde mental estão fortemente associadas.
Doenças como depressão, fobia social, e transtorno de pânico podem ser comuns em pacientes portadores de dor crônica.
A ansiedade e a depressão podem piorar a dor crônica, assim como, a dor pode exacerbar problemas de saúde mental.
As condições da dor crônica são notoriamente mais difíceis de diagnosticar, o que posterga um tratamento eficaz, causando frustração mental e emocional.
Porém, existem muitos tratamentos eficazes contribuem para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem de dores crônicas e problemas de saúde mental.
Aqui o importante é usar a Campanha do Janeiro Branco para alertar você, paciente de dor crônica, sobre a importância de se manter saudável emocionalmente, até para que você saiba lidar com a doença em si.
Já vimos que o suporte emocional e tratamento psicológico adequado ajudam os pacientes a terem uma vida mais estável e a recuperarem a auto estima.
Cuidado mental e estilo de vida:
É possível fazer uma grande diferença em como você se sente física e emocionalmente, desde que você não descuide da importância de manter a sua saúde mental para lidar com a dor crônica.
Para isso, cuidados diários com a sua saúde mental devem se tornar hábitos para um estilo de vida duradouro.
Vou sugerir algumas estratégias que podem te ajudar no dia a dia. Mas não esqueça: Primeiro passo é individualizar sua conduta diante da sua realidade e das suas possibilidades. Cada paciente tem uma história e uma realidade diferente.
- Encontre e participe de uma atividade que seja significativa para você;
- Estabeleça o seu ritmo. Faça pausas quando necessário;
- Mantenha-se socialmente engajado. O isolamento social pode piorar a depressão e a dor crônica;
- Encontre adaptações para atividades que têm mais valor para você.
- Use um aplicativo de meditação e experimente técnicas de gerenciamento de estresse, como ioga e respiração profunda;
- Siga uma dieta anti-inflamatória, que pode ajudar com dores crônicas e fadiga;
- Experimente exercícios aeróbicos de baixo impacto, que podem aumentar as endorfinas, aliviar a dor, restaurar o tônus muscular e aumentar sua sensação de bem-estar;
- Durma melhor. O sono desempenha um papel importante na modulação da dor e na recarga de suas energias. Siga uma rotina de sono antes de ir para a cama, como por exemplo, a meditação. Mantenha as luzes fortes longe de seu quarto e desligue todas as telas pelo menos uma hora antes;
- Adote um animal de estimação, se puder. A terapia com animais de estimação oferece companhia e também pode tirar você de casa, ajudando a reduzir o isolamento.
- Faça terapia com um profissional especializado em tratamento para pacientes de dor crônica.
E então, vamos aproveitar o Janeiro Branco e colocar a nossa saúde mental como prioridade neste ano que se inicia?
Sua saúde mental e emocional importam!