Maria acordava todo dia às 6h e preparava o seu café com carinho. Se aprontava, passava um batom e ia trabalhar.
No trabalho, ela se sentia valorizada: ali ela podia ser ela mesma.
Até que um domingo que se parecia com todos os outros, ela sentiu o braço formigar e dificuldade de falar.
O marido correu com ela para o hospital: estava sofrendo um AVC.
Maria teve sequelas físicas: ficou com dificuldade de andar e sem autonomia.
Parou de trabalhar para focar na reabilitação.
Maria pensava: “Quem é essa pessoa no espelho? Cadê minha vida? Cadê EU?”
Maria não se reconhece mais.
Além das sequelas físicas, o AVC pode deixar sequelas emocionais no paciente. A sensação de perder a identidade é uma delas!
Como lidar com isso?
- Comece aceitando todas as emoções que envolvem o AVC. Raiva, medo, tristeza e a sensação de perda de identidade são algumas delas. E você PODE sentir todas elas.
- Tente entender que a sua realidade mudou, e por mais que seja desafiador, a aceitação é a base para uma reabilitação de sucesso.
- Busque ter momentos de alegria e de contato com você mesmo. Veja filmes, escute músicas, busque coisas que você já gostava antes do AVC.
- Tente manter a mente aberta. O AVC é um evento que transforma. Não estranhe se você se perceber com gostos diferentes. Tenha curiosidade em se descobrir nessa nova etapa.
- Tente focar no momento presente e no processo da reabilitação. Um exercício de cada vez, um passo após o outro. Uma longa caminhada só é possível se for feita passo a passo.
- Seja gentil com você mesmo e honre sua história. Além disso, procure o apoio da família e amigos.